MEDITAÇÃO





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FONTE: IAS - Igreja Assembléia dos Santos
conhecendoaigreja.blogspot.com

ISRAEL: A GUERRA DOS SEIS DIAS









As guerras são empreendimentos dispendioso. Quando as tropas ficam longe do seu país, há perda de mão-de-obra. As armas, uniformes, mantimentos e outras necessidades de um exército têm de ser pagos. Não é possível envolver-se numa guerra longa, nem um rei pode ter um grande exército até que haja fundos para financiar essa empreitada. Havia recursos para o povo judeu nos dias de Salomão e foi só durante esse período que a não teve um exército organizado, que incluía carros e talvez cavalaria. Em outras ocasiões, outros meios tinham de ser encontrados para entrar em guerra. Quando o povo judeu não encontrava esses meios, ele ficava sujeito às nações mais poderosas que ao pagar “tributo”, eles na verdade ajudavam a prover os recursos para essas nações.

Antes de monarquia – No período que antecedeu a monarquia, todo homem capaz tinha de pegar em armas. Isto se aplicava aos dias de Abraão. Quando seu sobrinho Ló foi aprisionado, Abraão levou 318 homens de sua família e mediante surpresa e ataque noturno conseguiu resgatar Ló e apossar-se de grande quantidade de bens materiais (Gn. 14:14-16).

O mesmo processo funcionou na época dos Juízes, mas o “juiz” podia convocar todos os homens capazes de mais vinte anos para juntar-se a ele na operação. Quando Débora e Baraque resistiram aos cananeus, eles requisitaram pessoas das tribos de Efraim, Benjamim, Zebulo, Issacar, Rúben, Dã, Aser e Naftali (Jz. 5:23). As tribos de Simeão e Judá não foram chamdas nessa ocasião.

Por outro lado, Saul reuni os exércitos de todas as tribos, cortando dois bois em doze pedações  (I Sm. 11:7). Nessa ocasião eles lutaram para libertar Jabes-Gileade (I Sm. 11:1-2). Lutar era um dever religioso. Durante esse período não havia exército regular; não eram praticamente realizados treinamentos e o número de armas disponíveis era muito pequeno. Está claro que os judeus acreditavam que Deus se achava do seu lado. Ele era o Senhor dos Exércitos (I Sm. 15:2), o Senhor dos Exércitos de Israel (I Sm. 17:26) mas não alcançava vitórias por meio de exércitos grandes e bem equipados.

Espiões foram enviados a Jedricó e eles encontraram uma aliada em Raabe (Js. 2:1-7). A cidade foi capturada depois de uma dedicação ritual da cidade a Deus, que havia aterrorizado os habitantes (Js.6:1-5). Os muros podem ter sido derrubados por um terremoto provocado por Deus. Aí não pôde ser tomada por um ataque frontal, mas rendeu-se quando seus defensores foram atraídos para lutar fora da cidade, e os homens de Josué prepararam uma emboscada e incendiaram a cidade (Js. 8). Os cananeus entraram em pânico por causa de um ataque-surpresa e foram dizimados com uma forte saraivada (Js. 10:9-11). Numa época em que os judeus não tinham carros para enfrentar os cananeus, os carros destes ficaram inutilizados quando as rodas atolaram na lama espessa formada pela enchente do rio Quisom (Jz. 5:21). Gideão derrotou os midianitas desmoralizados (Jz. 7:21) com um ataque inesperado de seus leais companheiros no meio da noite (Jz. 7:19-20). Tais táticas eram típicas da milícia israelita quando não havia ainda um exército organizado.

ARTIGOS & NOTÍCIAS

BÍBLIA EM ÁUDIO

"De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus."
(Rm. 10:17)

O EVANGELHO DE MATEUS


O EVANGELHO DE MARCOS

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RELIGIÃO

As quatro primeiras histórias bíblicas contam porque Deus precisou agir para salvar a humanidade. A história da criação (Gn. 1) nos ensina que vivemos no mundo de Deus, onde operam as suas regras e leis. Quando as regras são quebradas, como na história de Adão e Eva, acontece uma separação de Deus. Os resultados do pecado e da separação se tornam claros nas outras histórias. O pecado traz o juízo de Deus (Gn. 6:8; veja especialmente 6:5) e o caos social (gn. 11:1-9), à medida que os seres humanos se separam uns dos outros.

Essas histórias dão a razão para tudo o que se segue. Em seu amor pela humanidade, Deus, como Criador, queria restaurá-la para que fosse  tudo que foi designada para ser. Para isso, era necessário que Deus lidasse com o pecado humano. Sabemos pelo Novo Testamento como as coisas aconteceram. Deus entrou neste mundo como um ser humano na pessoa de Jesus. Depois de entrar no mundo Ele nos mostrou como devíamos viver. Jesus disse: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” (Jo. 13:15). Ele permitiu que o matassem, embora fosse inocente, a fim de que pudesse tomar sobre si o castigo pelos pecados do mundo inteiro. Pedro declarou: “Levando ele mesmo em seu corpo os nosso pecados sobre o madeiro”. (1 Pe. 2:24), e Paulo escreveu: “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz” (Cl. 2:14).

Jesus morreu e ressuscitou, para poder habitar em nós pelo seu Espírito e vencer a morte por nós. Jesus também ajuda os que crêem nEle a vencer a tendência para o pecado que está no coração de cada ser humano: “Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição” (Rm. 6:5). O problema estava em como chegar da necessidade do homem no começo dos tempos até o ponto onde, em Jesus, essas necessidades pudessem ser satisfeitas.


Uma relação de aliança – Nos dias do Antigo Testamento, Deus escolheu entrar em um relacionamento íntimo primeiro com um indivíduo e depois com sua família imediata e, finalmente, com os eus descendentes; de maneira que eles iriam ficar gradualmente preparados para a sua vinda pessoal e para um relacionamento mais profundo, que seria então possível. Abraão foi o indivíduo (Gn. 12:1-2) e a relação de aliança feita com Abraão e sua família (Gn. 28:13-15) e com Moisés (Êx. 3:6; 24:3-8).

É bastante comum ouvir cristão dizerem que o cristianismo não é tanto uma religião como um relacionamento; nem sempre as pessoas entendiam que o mesmo era exatamente verdade para o povo judeu. Deus não fundou uma religião judia, mas entrou em relação de aliança com o seu povo. Ao que parece, durante o dias de Moisés – em que a religião era importante para as nações vizinhas – Deus deu aos judeus uma religião cuidadosamente restrita que ajudaria a sustentar a relação de aliança. Em vista disso, a religião do povo judeu era muito diferente daquela de seus contemporâneos.

Em vista de Deus ter usado a religião judaica a fim de prepara o caminho para Jesus, o judaísmo não ficou imóvel mas se desenvolveu. Os judeus entraram em contato com as religiões contemporâneas e, portanto, sua religião se desenvolveu por meio da reação e interação com elas. Lugares santos, dias santos, indivíduos santos e eventos santos se tornaram par da fé judia, mas nem  tudo era como Deus esperava que fosse. Da mesma forma que o mandamento de relativo ao divórcio, o culto judeu parece ter sido uma acomodação àa fraqueza humana (Mt. 19:8). Deus queria um espírito quebrantado e contrito em vez de sacrifícios (Sl. 51:17), justiça em lugar de dias festivos (am. 5:21-24), e em lugar de ofertas de carneiro e óleo Ele queria pessoas justas, bondosas e que andassem humildemente com o seu Deus (MQ. 6:8).

A lei que provia os ornamento de um sistema religioso jamais foi designada para ser um fim em si mesma, mas tinha como propósito revelar a extensão da necessidade humana (Rm. 3:19; 7:5,7-9) de modo a sermos levados para Cristo (Gl. 3:24-25). A intenção era mostrar o tipo de vida que Deus queria que vivêssemos mediante o poder do seu Espírito (Rm. 8:4).

E aqui jaz o conflito entre Jesus e os líderes religiosos judeus na época. A religião dos judeus, portanto, tinha um lugar importante no plano de Deus, mas Ele jamais pretendeu que ela fosse um fim em si mesma. Era um meio de sustentar a relação de aliança até que o próprio Deus viesse.


A religião assíria – Não havia quase nada em comum entre a religião de Israel e as religiões dos antigos assírios (onde Abraão conheceu a religião pela primeira vez) ou dos egípcios. É verdade que na esperança de prover algum tipo de proteção, Raquel roubou os deuses do lar de seu pai (G. 31:19). Todavia, embora Jacó mais tarde tivesse enterrado os artigos ofensivos, tais ídolos surgiram em várias ocasiões na história subsequente (Gn. 35:4; Jz. 17:5; I Sm. 19:13; II Rs. 23:24; Zc. 10:2).

As referências em Zacariais 10:2 e Ezequiel 21:21 indicam que os deuses do lar eram usados na adivinhação, sempre uma característica da religião assíria; e o fato de poderem ter sido escondidos na sela do camelo (gn. 31:34) indica que eram pequenos. Não obstante, nada foi encontrado até agora para indicarem exatamente como eram esses ídolos. Sugestões foram feitas no sentido de que eles apodreciam, ou seriam identificados como outra coisa. Alguns eruditos chegaram ate a sugerir que eram bonecos de trapo ou cabeças de crianças mumificadas.

Na antiga Mesopotâmia, o povo acreditava em famílias de deuses. Anu era o rei dos céus e muito remoto. Seu filho, Enlil, reinava sobre a superfície da terra e era tratado como rei dos deuses. Istar era a esposa de Anu e encarregada da guerra e do amor. Cada deus tinha um templo principal onde o povo comparecia nos dias de festa.

Os deuses propriamente ditos e a mitologia fantástica usada para descrever eventos como a criação eram muito diferentes da religião dos judeus. Na história babilônica da criação, por exemplo, Tiamat, o oceano primevo, deu à luz a terra (Ki) e ao céu (Anu), e todos os deuses descendiam de Ki e Anu. O oceano decidiu destruir todos eles, mas foi finalmente conquistado pelo jovem deus Marduque. Marduque fez a terra com a metade do copo de Tiamat e o céu, com a outra metade. Na batalha, Kingu, o escudeiro de Tiamat, foi destruído e a humanidade veio a ser feita com o sangue de Kingu misturado com barro.

A religião egípcia – Seria de esperar algum tipo de influência da religião egípcia, especialmente quando José se casou com Asenate, filha de um sacerdote (Gn 41:50) e porque o povo judeu permaneceu no Egito durante um período muito longo (Êx. 12:40-41). Ao que tudo indica, porém, os judeus mantiveram a sua religião e suas vidas completamente separadas dos egípcios. Jacó aceitou os dois filhos de José na família (Gn. 48:5-6) e os descendentes de José identificaram o Deus que adoravam com o de Jacó (Israel) e não com o do Egito (Êx. 5:1). Não exist, portanto, sinal do politeísmo efípcio, que incluía Rá (o sol), Yeb (a terra), Thoth (a lua), Hapi (o Nilo) e Amom (o deus dos poderes ocultos). Não há menção dos animais associados aos deuses e cuja forma muitas vezes os substituía na arte contemporânea (Thoth e a íbis, Hapi e os bois, Horus e os falcões).

Os egípcios acreditavam que os seus deuses eram como os seres humanos e nos seus imensos templos, proibidos ao povo comum, os sacerdotes os alimentavam, lavavam e vestiam, levando-os para fora nos dias de festa. Nada podia ser mais diferente do Deus de Israel. Embora os judeus acreditassem em algum tipo de vida após a morte (eles eram “reunidos” ao seu “povo”, Gn. 49:29, 33) e o corpo de José foi mumificado, Gn. 50:26), parece ter havido bem pouca coisa em comum entre a crença egípcia na vida depois da morte e a dos judeus. Os egípcios acreditavam que a alma passava pelas salas dos mortos e precisava de alimento para a viagem até chegar às salas do juízo.


COMÉRCIO EM DINHEIRO E MERCADORIAS

Os comerciantes se preocupavam com medidas e dinheiro. Antes de examinarmos seu método de trabalho e como viviam, vamos ver o que diz a Bíblia sobre as medidas e o dinheiro.

Medidas Lineares – As medidas lineares foram desenvolvidas de acordo com as proporções do copo humano, o dedo, a palma da mão, a envergadura (distância entre o polegar e o dedo mínimo), o côvado (distância do cotovelo até o dedo médio), e o cordel ou braça era a distância da ponta do dedo médio até o outro dedo médio, com os braços estendidos. Isso resulta numa tabela de comprimento como segue:

4
Dedos
=
1
Palmo
3
Palmos
=
1
Envergadura
2
Envergaduras
=
1
Côvado
4
Côvados
=
1
Braça

Esse sistema tinha os seus problemas. As medidas do corpo variam de indivíduo para indivíduo e há evidência de que havia comprimentos diferentes para o côvado, de aproximadamente 45cm a 52cm. Havia um “côvado real” longo, de 7palmos ou 28 dedos (todas as medidas reais eram maiores do que as padrão), havia também côvados antigos (II Cr. 3:3) e novos (Ez. 40:5). No geral, porém, o sistema era facilmente compreendido e as medidas aproximadas podiam ser calculadas.

As distâncias mais longas eram calculadas vagamente, em termos de um dia de caminho (por exemplo, Gn. 30:36). Muito mais tarde, os gregos usaram uma medida chamada estádio (stadion, plural stadia), que era pouco maior do que 40m, mencionada no livro de Macabeus. A distância não era usada para cálculos de área como fazemos hoje em nosso sistema. Um acre era a quantidade de terra que podia ser arada pelo boi num dia (Is. 5:10). A máxima distância que o judeu podia andar no sábado (jornada de um dia de sábado, At. 1:12) era 2.000passos, ida e volta de uma milha romana (1.000 passos).

Capacidade – Era originalmente medida de um modo similar, doméstico, e o nome do receptáculo dava nome também ao peso. A maior medida de capacidade para secos era o ômer (issarion), que significa “carga de um jumento” e era usado para cereais (lv. 27:16). O efa era um grande recipiente com tampa e, segundo Zacarias 5:6-7 tinha tamanho suficiente para que uma mulher coubesse nele. Valia um décimo do ômer (Ez. 45:11) e era também usado para medir cereais (Rt. 2:17). O ômer “feixe” era a menor medida para cereais e valia um décimo do efa (Êx. 16:33). Ele tinha provavelmente o mesmo tamanho de um him, que na verdade significa “décimo” era usadopara medir carne (Êx. 29:40). O equivalente líquido do efa era o bato. Isso fornece uma tabela numa base de dez.

10
Ômer / Him
=
1
Efa / Bato
10
Efa / Bato
=
1
Ômer 

Sem qualquer relação com essa tabela decimal estava o him, usado para medir as ofertas de óleo e vinho (cerca de 7 pintas: 0,437gr). Um sexto de um him era a quantidade mínima de água necessária a cada dia (Ez. 4:11).

Parece ter  surgido maior exatidão no decorre3r do tempo. Os assírios desenvolveram um sistema numa base de seis. Como segue:

6 qa (cabo)
=
1
Situ (sato)
30 situs
=
1
Gur (coro)

As palavras soavam muito próximas das hebraicas qab, seah, e kor (sato, bato, coro). É então possível que os judeus tenham adotado o sistema e feito uso dele em conjunto com o antigo. Isso significaria:

6 qa
=
1
sato
30 sato
=
1
coro

O cabo é mencionado no cerco de Samaria, em que a quarta parte de um cabo de esterco de pombas (ou sementes) foi vendido por cinco siclos de prata (II Rs. 6:25). O sato era usado para medir farinha e cereais (II Rs. 7:1) e o coro media grandes quantidades de líquido e era o equivalente do ômer (Ez. 45:14). Não pudemos encontrar os correspondentes exatos, mas a carga de um jumento ou coro é calculada em cerca de 220 litros (aprox.. 58 galões).

Peso – O verbo “pesar” é “shaqual (siclo) em hebraico e por essa razão o “siclo” se tornou a medida básica. O cabelo de Absalão media 200 siclos (II Sm. 14:26). Dos números dados em Êxodo 38:25-26, podemos calcular que um beca era a metade um siclo. Mais tarde, outra medida foi adotada, chamada mina, que valia provavelmente cinqüenta siclos. Isso nos dá a seguinte tabela:

2 becas
=
1
Siclo
60 siclos
=
1
Mina
60 minas
=
1
Talento

Os nomes da tabela precedente foram adotados em outros países, mas os múltiplos e as medidas reais eram diferentes. Além disso, existe a complicação de que os comerciantes provavelmente usavam dois conjuntos. Um conjunto leve era usado para comprar e outro mais pesado para vender (Dt. 25:13). Isso dava ao comerciante uma porcentagem de lucro legítima e o seu uso não consistia em fraude. Os pesos mistos é que constituíam o problema, ou o uso deliberado de pesos falsos para enganar as pessoas (Lv. 19:35-36; Mq. 6:10-11). Os pesos em si eram quase sempre pedras moldadas, esculpidas na forma de animais e outros temas, e marcadas com o seu peso. Eles eram usados em balanças (Is. 40:12). Calcula-se que o talento pesava entre 3 e 4K. ele tomou o seu nome da tampa grande e pesada de um receptáculo.


Cunhagem – Nos primeiros dias da Bíblia, o comércio era feito mediante trocas, mas em breve foi reconhecido que era mais conveniente trocar algo que por sua vez pudesse ser trocado por outra coisa. Isso veio a ser praticado, pesando quantidades de metal. Abraão, portanto, pesou 400 siclos de prata em pagamento de uma sepultura para sua família (Gn. 23:16). Os metais usados nas transações eram feitos segundo uma forma padrão, tais como discos, barras e anéis, mas a verdadeira cunhagem não começou até o século VII a.C. A marca do rei era então colocada num pedaço de metal para garantir seu peso e pureza e, portanto, o seu valor.
As moedas não são mencionadas até bem tarde na Bíblia. Só nos dias de Neemias é que lemos sobre “dáricos de ouro” (Ne. 7:71), cunhados por Dario da Pérsia e que tomaram o seu nome. As moedas surgiram em maior quantidade nos dias do Novo Testamento, mas havia tantos tipos que o dinheiro gerava muita confusão. Três sistemas de cunhagem estavam em uso. A cunhagem romana era aceita internacionalmente e consistia de moedas de cobre, bronze, prata e outro. Quando Jesus disse aos discípulos para não levarem ouro, prata oucobre em seus alforges (Mt. 10:9), Ele provavelmente se referia à cunhagem.

Moedas romanas
4 quadrantes
=
maravedis = 1 asse
(moedas de cobre)
4 asses
=
1 sestércio (bronze)
4 sestércios
=
1 denário (prata)
25 denários
=
1 áureo (ouro)













As moedas romanas são muito familiares no Novo Testamento. Jesus disse que se formos enviados à prisão por um adversário, não sairemos dela até que tenhamos pago o último quadrante (Mt. 5:26). (Ceitil na ARC – N.doT.) Mateus 10:29 nos conta que dois pardais eram vendidos por um sestércio. (Ceitil na ARC.) Os trabalhadores da vinha em Mateus 20:1-16, receberam um denário cada um, que era o salário-padrão do dia de trabalho. Dois denários foram pagos pelo bom samaritano ao hospedeiro (Lc. 10:35) e Jesus pediu que lhe mostrassem um denário quando foi questionado sobre o dinheiro do tributo (Mc. 12:15).

Moedas Judaicas – Os romanos permitiram que as moedas locais circulassem além das suas. A cunhagem judia era muito limitada. Moedas parecem ter sido feitas por Neemias, provavelmente para pagar o imposto do templo. Nada mais foi mencionado sobre cunhagem até que um dos descendentes dos macabeus conseguiu esse privilégio dos senhores sírios (1 Mac. 15:6). No período do Novo Testamento, a única moeda judia era o lepton de cobre, que significa “pequeno, fino”. A viúva as colocou no tesouro (Mc. 12:42). [A leitura da ARC é: “pequenas moedas, que valiam cinco réis” – N.doT.] O lepton equivalia a meio quadrante. As primeiras moedas “verdadeiras” dos judeus foram produzidas em épocas de revolta, entre 66 a 70 d.C. e entre 132 e 135 d.C.

Cunhagem grega – A outra cunhagem em uso era o dinheiro grego, originalmente da casa das moedas estabelecida em Aco por Alexandre, o Grande, e subsequentemente cunhada em vários centros. Veja a tabela abaixo:
2 dracmas
=
1 didracma
2 didracma
=
1 tetradracma (ou estáter)
2 tetradracmas
=
1 mina
Grande número de minas
=
1 talento

A dracma equivalia a um denário. O estáter, portanto, correspondia a quatro denários. Essas moedas são mencionadas no Novo Testamento. Foi uma dracma que a mulher da história de Lucas 15:8 deixou cair do turbante. A didracma equivalia ao meio-siclo que os judeus precisavam para pagar o imposto do templo. Pelo fato de a moeda não ser muito comum, uma tetradracma foi usada para duas pessoas. Pedro encontrou essa moeda na boca do peixe para pagar o seu tributo e o de Jesus (Mt. 17:27). Foram provavelmente 40 tetradracmas que Judas recebeu por trair Jesus (Mt. 26:15). A mina foi a moeda entregue as servos pelo seu rei (Lc. 19:13). O talento era uma grande quantidade de dinheiro e não uma moeda. Foi usado para descrever uma dívida impossível (10.000 talentos, Mt. 18:24) e na parábola à qual empresta o seu nome (Mt. 25:14-30).

Câmbio – As pessoas que trabalhavam com dinheiro tinham muitas oportunidades de emprego. Os cambistas eram chamados quando havia necessidade de moedas específicas e cobravam dez por cento pela troca. O mais importante era o dinheiro usado no templo, onde se pagava o tributo e o sacrifício de animais considerados ritualmente puros. Alguns acreditam que Neemias mandou fazer uma cunhagem especial com esse propósito (Ne. 10:32)  e que esta prática continuou. Doze por cento era cobrado por essas transações.
Quando Jesus expulsou os cambistas do templo, Ele parece ter agido de acordo com duas profecias messiânicas (S. 69:9; Ml. 3:1-4; veja Jo. 2:17). Não se trata dos cambistas terem feito algo criminoso, mas por não ser essa uma atividade suficientemente boa para a casa de Deus (Mt. 21:13).

Os cambistas também faziam empréstimos (de fato a mesa sobre a qual o dinheiro passava era chamada de “banco”). Jesus sugeriu em sua história do dinheiro confiando aos servos do rei, que ele poderia ter sido investido de modo a render juros (Mt. 25:27; Lc. 19:23). Há uma questão aqui que precisa ser esclarecida. No período do Antigo Testamento, a vida dependia de uma economia agrícola simples. Ninguém precisava de empréstimos para fazer investimento; eles eram necessários apenas para ajudar o indivíduo em épocas difíceis. Por essa razão, não era permitido cobrar juros porque isso seria lucrar com as dificuldades de um irmão (Êx. 22:25; Lv. 25:53; Dt. 23:19). Lucros provenientes de juros podiam, no entanto, ser recebidos de um estranho (Dt. 23:20). Nos dias do Novo Testamento, a economia havia mudado e era possível emprestar dinheiro para começar um negócio e esperar um retorno desse empréstimo, como nas parábolas. Mesmo assim, Jesus reprovava empréstimos particulares com pagamento de juros (Lc. 6:34).







HABITAÇÕES - As habitações da Terra Santa possuem duas características. Primeiro, elas têm uma forma e estilo típicos. Tendem a ser quadradas, com o teto plano e escada externa, sendo no geral construídas de blocos de calcário branco. Isso se tornou o padrão por causa do clima, disponibilidade dos materiais de construção e uma necessidade original de preservar o espaço. A segunda característica é de conservar o antigo com o relativamente novo, a fim de que os visitantes de hoje possam ver habitações do tipo usado por Abraão ao lado de edifícios modernos.

Divisão da terra – Os israelitas conseguiram sua terra por meio da conquista e cada tribo e família considerava a sua herança ou porção como vinda de Deus. A maneira como a terra foi dividida acha-se descrita na segunda metade do livro de Josué. A região foi dividida e distribuída por sortes. Uma sorte era literalmente um disco de dois lados que acreditavam estar sob o controle de Deus quando atirado. Os resultados da sorte serviam para descobrir a vontade do Senhor. Um provérbio expressa isso: “A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda a sua disposição” (Pv. 16:33).

Davi pôde, portanto, agradecer a Deus porque as divisas haviam caído em lugares prazerosos para ele – as herança não podia ser melhor (Sl. 16:6).

Uma vez determinadas, as heranças eram marcadas por uma pilha de pedras, uma característica natural, ou um sulco duplo de terra arada – e o marco não podia mais ser mais removido, porque isso seria alterar o presente de Deus (Dt. 19:14). Pela mesma razão, vender a própria herança era desonrar a Deus. Nabote recusou vender sua vinha ao rei Acaz por essa razão (I Rs. 21:3).

Venda da terra – Havia ocasiões em que era necessário converter a propriedade em dinheiro quando uma determinada família passava por dificuldades, mas toda terra vendida por essa ração tinha de ser devolvida ao antigo dono no ano do jubileu, que ocorria a cada cinquenta anos (Lv. 25:10). O valor de venda da terra se baseava no número de anos que restavam até o Jubileu (Lv. 25:13-17). Tais transferência eram cuidadosamente arranjadas e monitoradas. O dinheiro era pesado e o contrato preparado, descrevendo cada detalhe da terra na presença de testemunhas. Os judeus parecem ter imitado essa prática de transferência dos tempos antigos (compare Jr. 32:9-12 com Gn. 23:4-20).

Se nesse intervalo o membro da família que vendera a terra conseguisse o dinheiro para compra-la de volta, essa teria de ser então imediatamente devolvida. Ou, se uma viúva sem filhos tornasse a casar, o marido podia comprar a terra, mas ela passaria para o primeiro filho deles, que conservaria o nome da família original, de modo a que a terra não passasse para outras mãos (Dt. 25:5-6). Um exemplo disso é registrado na história de registrado na história de Rute e Boaz (Rt. 4).

O povo da terra – O elo inseparável entre o povo e a terra fez com que o povo comum fosse conhecido como “povo da terra”, os am-há-aretz. (É essa consciência da terra que está por trás da recompra e repossessão da terra na moderna Israel.)

A terra passava de pais para filhos, e o filho mais velho recebia duas vezes mais do que cada um dos outros irmãos. José, como herdeiro de Jacó, recebeu uma porção dupla em nome de seus dois filhos, Efraim e Manassés. Eliseu pediu a porção de um filho mais velho, uma porção dupla do espírito de Elias sobre ele (II Rs. 2:9). O filho pródigo recebeu sua parte da herança; porém, ao voltar, a propriedade inteira – uma porção dupla – pertencia a seu irmão mais velho (Lc. 15:31). A lei estabelecia que a herança poderia passar para as filhas se não houvesse filhos. Números 27:1-11 descreve as circunstâncias onde essa regra era dada, juntamente com outras leis da herança.

Habitantes das cavernas – Embora nos tempos bíblicos as pessoas já tivessem deixado de habitar nas cavernas que abundavam no Oriente Médio antigo, sempre houve pessoas morando em cavernas.

Ló morou numa caverna depois de ter fugido de Sodoma (Gn. 19:30) e os edomitas fizeram e ampliaram cavernas na face rochosa de Petra para moradia e negócios públicos. Obadias se refere aos edomitas alta morada (Ob. 3). Havia cavernas sob as casas de Nazaré que eram contemporâneas de jesus e, tradicionalmente (quase com toda certeza), Jesus viveu numa caverna de pastor. As avernas eram usadas como esconderijo (js. 10:16; I Sm. 22:1; I Rs. 18:4), e os filisteus zombavam dos israelitas por abrirem buracos no chão para se esconderem (I Sm. 14:11).

Nos tempos bíblicos as pessoas viviam em assentamentos, bem defendidas e com suprimento de água, ou adotavam uma forma seminômade de vida, morando em tendas e se movendo com suas manadas de oásis para oásis, onde colheitas podiam ser cultivadas.

Os habitante das areias – Abraão deixou a cidade de Ur, Caldéia, e se tronou um “habitante das areias” pela fé, crendo que Deus daria no futuro uma terra permanente aos seus descendentes (Hb. 11:9). O estilo de vida do moderno beduíno é semelhante ao de Abraão; ele nunca foi completamente abandonado. A festa judaica de Sucote (Tabernáculos) é um lembrete constante do passado de Israel e a de Pessach (Páscoa) tornou-se também uma festa das tendas, quando milhares de pessoas viajavam para Jerusalém.

A vida de Israel em tendas parece sempre aproximar-se de um ideal e se tornou uma metáfora importante. Quando os profetas chamavam um povo materialista de volta a Deus, eles o faziam lembrar-se do tempo passado no deserto e em movimento – “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim” (Is. 46:9).

Quando João fala sobre Jesus, dizendo que o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo. 1:14), a palavra que ele usa é “viveu numa tenda” ou “acampou” entre nós, para enfatizar a natureza temporária dos seus dias na terra. Paulo usa a mesma natureza temporária da tenda para descrever as nossas vidas (II Co. 5:1-4).

A tenda – A tenda do habitante do deserto era feita de um pedaço comprido de couro de cabra, com cerca de 1,52m ou 1,82m de largura. O couro era colocado sobre várias estacas, afim de prover uma cobertura alongada, como um toldo. As duas extremidades ficavam presas ao solo com pregos especiais (Jz. 4:21). No livro Cantares de Salomão 1:5 é mencionada a cor preta da tenda. As tiras de apoio eram feitas num tear preso o chão; retalhos eram acrescentados pelo mesmo método, como grandes remendos cerzidos.

As cortinas verticais eram feitas de coberturas usadas do teto ou de outros materiais coloridos. Elas serviam de “frente” e “fundo” para a tenda e também para as divisões internas. Uma área com um “fundo” e duas cortinas divisórias formava então uma varanda aberta onde as visitas podiam ser recebidas (Gn. 18:1-2) e onde as conversas podiam ser ouvidas por outras pessoas por trás das cortinas (veja Gn. 18:9-15).

A ampliação da tenda era simples. Bastava tecer um pedaço extra para o toldo original e arranjar mais uma cortina (veja Is. 54:2, onde era usado como uma metáfora par a expansão dos judeus). O toldo não era impermeável até que as primeiras chuvas fizessem o tecido encolher. Tapetes eram colocados no chão e os pertences da família (alimentos, utensílios de cozinha, recipientes para água, etc) eram guardados junto às estacas da tenda.

O único homem que podia entrar na tenda era o marido/pai; outros homens ficavam na varanda. A entrada de um estrangeiro nos aposentos das mulheres era punida com a morte. Sísera pagou com a vida por ter entrado na tenda de Jael, embora ela tivesse feito o convite (Jz.4:18,21).

As tendas não eram sempre primitivas. Quando os reis usavam tendas para viajar com o exército, elas deveriam ser luxuosas, como a tenda que Davi fez para guarda a Arca da Aliança em Jerusalém (I Cr. 16:1).
As tendas eram em geral agrupadas informalmente para acomodar todos os membros da família mais ampla. Os ismaelitas tinham uma espécie de ordem entre as tendas (Gn. 25:16), e durante as peregrinações entre Egito e Canaã havia uma ordem estrita para que fossem armadas (Nm. 2). Uma espécie de insígnia marcava os líderes entre o povo judeu; o costume beduíno era colocar uma lança de pé junto à porta do líder (sheikh) – Veja I Samuel 26:7.

Mais tarde, quando os israelitas não viviam mais em tendas, mas em casas, a festa anual dos Tabernáculos, quando as famílias passavam os feriados em “barracas” especiais, feitas de galhos, os fazia lembrar da época em que moravam em tendas e peregrinavam no deserto.

Casas de Tijolos – Quando os israelitas seminômades guiados por Josué conquistaram as cidades e povoados cananitas, a arquitetura doméstica havia progredido muito em relação aos abrigos usados quando os habitantes das cavernas passaram a viver ao ar livre. As casas deixaram de ser construídas com tijolos de barro, na forma de colméia, onde o piso ficava em nível mais baixo do que o chão do lado de fora, e passaram para o tipo de aposento retangular típico até nossos dias.

As casas inicialmente feitas com tijolos de barro seco ao sol, mas a tecnologia avançou até ser possível queimar os tijolos em um forno; mais tarde, casas fabricadas de pedras brutas e alvenaria passaram a ser construídas. Só depois do reino unido sob Salomão e que pedras trabalhadas foram usadas na construção doméstica. Isso pôde ser feito por causa da disponibilidade de ferramentas de ferro para dar acabamento à pedra. Na Galiléia, a pedra era geralmente basalto negro e, na costa, arenito amarelo. Mas na maioria de pedra calcária, a pedra era branca.

Construção de casas – As casas eram também consideradas um dom de Deus, e quando ela começava a ser construída havia um ato de dedicação (Dt. 20:5). A casa básica para os membros mais pobres da comunidade que morava no campo era um aposento único, de cerca de três metros quadrados. As paredes eram grossas, de tijolos de barro ou pedras brutas e cascalho, com nichos para guardar alimentos e utensílios. A única janela era pequena e alta, algumas vezes com uma treliça de madeira (Pv. 7:6) para evitar os intrusos. No inverno, a treliça podia  ser coberta com uma pele ou alguma espécie de cortina. Em vista das paredes serem mal construídas, elas abrigavam vários tipos de vida animal (Am. 5:19).

A principal entrada de luz era através da porta única aberta, que era fechada com uma barra de madeira à noite. A iluminação era fornecida à noite por uma lamparina de azeite, colocada numa saliência da parede, numa alcova, ou em alguma forma de utensílio (Mt. 5:15). O assoalho era dividido em duas partes. A área mais perto da porta era feita de terra nivelada e batida, mas no fundo do aposento havia uma plataforma mais alta de pedra, que era usada para as atividades familiares, tais como comer, sentar e dormir. Só na época dos romanos é que ladrilhos foram colocados na parte mais baixa. As condições do chão e a falta de luz tornariam certamente difícil encontrar uma moeda perdida (Lc. 15:8). Fogo para aquecer o ambiente e para cozinhar era às vezes aceso no chão e a fumaça tinha de procurar sua própria saída. Os animais, inclusive um cão de guarda (Sl. 59:6), muitas vezes usavam a parte mais baixa durante a noite.

O teto – Era construído colocado gravetos sobre vigas de sicômoro e unindo tudo com barro. É difícil imaginar que nos dias bíblicos o país fosse coberto de florestas e permanecesse assim até as depredações dos romanos e dos turcos. Um rolo pesado era mantido no teto para compactar o material depois da chuva. Os telhados não eram à prova d’água e tinham portanto, duas características – vazamentos e uma cor verde. O período de novembro a março (a estação chuvosa) era uma época fria e difícil. Provérbios 19:13 se refere ao pingar contínuo da água (veja também 27:15). Os telhados eram verdes por causa das sementes que brotavam no barro (naturalmente e as dos grãos postos para secar). Isso é mencionado em II Rs. 19:26, Sl. 129:6 e Isaías 37:27.

O teto plano tinha certas vantagens. Ele podia ser usado como um ponto de observação (Is. 22:1; Mt. 10:27), como um lugar fresco e silencioso adequado para a adoração (Sf. 1:5; At. 10:9), para secar e guardar as colheitas (Js. 2:6); e para dormir numa noite quente de verão. O uso do espaço no telhado era tão grande que uma lei exigia a construção de um parapeito ao redor dele, para que as pessoas não caíssem (Dt. 22:8), as brechas entre as mesmas formavam as ruas. Era então possível passar de teto para teto, por cima das casas – um meio de fuga mencionado por Jesus em Mateus 24:17.

Iluminação – A iluminação das casas era provida pela lamparina de azeite. Essa consistia originalmente de um pires de louça de barro aberto, contendo óleo de oliva. Parte do pires era “apertada” na fabricação, a fim de receber um pavio de linho. Tais lamparinas apresentavam naturalmente problemas quando o óleo era derramado acidentalmente. Recipientes fechados foram então feitos com dói orifícios – um para o pavio e o outro para colocar o azeite. Quando o azeite começava a acabar, o pavio não iluminava mais e a lamparina precisava ser enchida novamente (Mt. 25:8).

Mais tarde, lamparinas decoradas e esmaltadas foram feitas com cabos e vários pavios, a fim de iluminar melhor o ambiente. Quanto mais alta a lamparina, tanto melhor a iluminação. As lâmpadas começaram então a ser colocadas numa Saliência da parede, penduradas no teto, ou postas num simples apoio (um galho grosso de árvore fixado no chão de terra). Se nada mais estivesse disponível, a lamparina ou candeia era colocada numa medida de cereais colocada de cabeça para baixo ou até no próprio chão.

Aquecimento – O fogo servia para aquecer e cozinhar, usando materiais combustíveis naturais, tais como esterco seco de animal (Ez. 4:15), gravetos, erva seca (Mt. 6:30), arbustos espinhosos (II Sm. 23:7; Is. 10:17) e carvão (Jô. 21:9). O fogo podia ser feito fora de casa, numa depressão no chão de terra ou colocado em algum tipo de recipiente de cerâmica. As casas melhores eram providas de chaminé (Os. 13:3), mas na maioria dos casos a fumaça escurecia o teto e sufocava as pessoas dentro de casa.

O fogo era aceso com pederneira ou por fricção. Um dos combustíveis mais importantes era a madeira da giesta (piaçaba) branca. Suas brasas ficam quentes durante longo tempo e até as cinzas aparentemente frias podem ser facilmente abanadas até chamejarem novamente. O aquecimento é especialmente importante na região montanhosa; os invernos são frios e úmidos e ás vezes neva.

Água – Tinha de ser geralmente colhida no poço local, e em vista disso ser tão difícil, todos sonhavam com um tempo em que pudessem ter sua própria  cisterna (um buraco cortado na rocha e impermeabilizado com gesso, de modo que a água pudesse ser guardada e extraída de sua própria fonte. Senaqueribe prometeu que se os israelitas de Jerusalém se rendessem, ele lhes daria esse símbolo de status (II Rs. 18:31).

Quando a cisterna secava, no final do verão, ela servia de esconderijo, como Jônatas e Aimaás descobriram (II Sm. 17:18-19). Não havia recursos sanitários nas casas simples dos camponeses, embora sistemas avançados de drenagem e esgoto operassem em cidades construídas mais tarde, tais com Cesaréia e no terreno do templo em Jerusalém. Leis sanitárias foram cuidadosamente estabelecidas na Tora (por exemplo, foi estipulado que os excrementos deviam ser queimados em tempos de guerra, Dt. 23:13), e leis suplementares foram introduzidas no judaísmo, que mantinham a saúde básica. Não era possível, por exemplo, construir estábulos sob moradias humanas.

Casas ricas – A diferença entre as casas dos ricos e dos pobres está na provisão de um pátio. No nível mais baixo isso era simplesmente um cercado acrescentado à casa. Mas o pátio fazia diferenças imediatas. Os animais podiam ser mantidos fora de casa, a comida feita num canto e não havia problemas de segurança quanto ao acesso ao teto, visto que a escada para ele ficaria dentro do pátio. As janelas podiam abrir-se para ele a fim de entrar mais luz, e a porta do cercado podia ser mantida sempre fechada. Uma cisterna se tornava então uma possibilidade.

As pessoas mais ricas construíam dois ou três aposentos ao redor do pátio, e ás vezes até um segundo andar (II Rs. 4:10; Mc. 14:12-16; At. 9:36-41). Era uma casa afastada e ao mesmo tempo aberta para o céu – uma volta à experiência seminômade da época de Abraão.

Os que eram realmente abonados podiam acrescentar pátios com construções são seu redor, colocando uma entrada em um dos aposentos originais da casa. Pilares suportavam as vigas do teto, a fim de aumentar o tamanho do aposento. Os pilares eram construídos paralelos às paredes dos prédios, a fim de construir colunatas ou varandas caso desejado. Decorações eram acrescentadas na forma de lintéis esculpidos, capitéis e bases de batentes. As paredes podiam ser de gesso e decoradas, e os pisos cobertos de ladrilhos e, mais tarde, mosaicos de seixos e ladrilhos cortados. Os pátios podiam ser até transformados em jardins.

A varanda – Uma casa rica parecia pouco convidativa do lado de fora, porque a entrada era feita por uma única porta de cedro fechada e geralmente guardada por um porteiro. A fechadura era colocada do lado de dentro do portão, de modo que era necessário enfiar o braço por um orifício na porta a fim de colocar a chave (Ne. 3:3; Ct. 5:4). A chave era um meio de levantar os ganchos que mantinham a barra de madeira no lugar, sendo portanto bem grande (veja Is. 22:22). As fechaduras romanas de uma época posterior eram bem menores e mais complexas.

O porteiro sentava numa varanda por trás do portão e esperava até reconhecer a voz de Pedro – mas não pôde abrir a porta até contar aos outros quem era (At. 12:13-14). Quando Jesus disse que estava à porta da igreja de Laodicéia e batia, isso deveria significar que se tratava de uma igreja rica (Ap. 3:20).

Mobília – Enquanto os remediados conseguiam adquirir uma cama, mesa e cadeiras (II Rs. 4:10), os ricos tinham camas empilhadas de travesseiros (I Sm. 19:15-16; Pv. 7:16-17). Mesas de jantar eram encontradas nas casas dos ricos. Banquinhos para descansar os pés (Sl. 110:1) e cadeiras com espaldar (I Rs. 10:18-19) eram providos. A iluminação era feita por grandes candelabros. Não havia um limite real para as facilidades existentes nos palácios daqueles dias, mas havia menos pessoas ricas do que hoje.

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